Trump, o Garçom: A Conta Chegou para o Desgoverno
A ameaça de Donald Trump de carbonizar nossas exportações com uma tarifa de 50% não é a doença, é apenas o sintoma febril de um organismo já debilitado pela incompetência. O pânico que se instala em Brasília não nasce da bravata de um protecionista, mas do espelho que ele coloca na nossa frente, refletindo a imagem grotesca de uma economia refém de um projeto de poder, maquiada por uma propaganda oficial cínica e sustentada pela gastança desenfreada da dupla Lula e Haddad.
A verdade nua e crua é que estamos vulneráveis. E a culpa não é de Washington, mas do Palácio do Planalto. Analisemos, sem os panos quentes da mídia chapa-branca, os cenários que esta crise, criada e alimentada por nós mesmos, nos reserva.
Cenário 1: A Humilhação Benéfica (Otimista?)
Neste cenário, o que seria uma tragédia se converte, ironicamente, na salvação. A iminência do colapso força o governo a uma capitulação humilhante. Lula e Haddad são obrigados a engolir a seco sua retórica bolivariana e a jogar no lixo a cartilha econômica do PT. O pânico do mercado financeiro e a fúria do agronegócio, o motor que este governo insiste em gripar, forçam um “cavalo de pau” que eles jamais dariam por conta própria.
Para sobreviver, o governo teria que, de joelhos, implorar por novos acordos comerciais, acelerar privatizações que sempre demonizou e aprovar uma reforma administrativa que corte na carne do seu próprio funcionalismo. Seria a vitória do pragmatismo sobre a ideologia, não por convicção, mas por puro instinto de sobrevivência. O Brasil cresceria, não graças ao governo, mas apesar dele, que seria forçado a sair da frente do caminho do progresso. A maior ironia seria ver o PT implementando, a contragosto, a agenda que sempre combateu.
Cenário 2: Crônica de um Desastre Anunciado (O Mais Provável)
Este é o caminho da teimosia, do orgulho ferido e da mais pura incompetência econômica. A tarifa americana, mesmo que parcial, chega, e a reação do governo é exatamente a que se espera de quem vive em um universo paralelo: vitimização e retaliação. Em vez de arrumar a casa, Lula vestirá o paletó de anti-imperialista e, junto com Haddad, declarará guerra ao nosso segundo maior parceiro comercial.
A resposta será um coquetel de desastres: barreiras a produtos americanos, que nada mais são do que um tiro no pé da nossa própria indústria, encarecendo máquinas e tecnologia. Para “proteger” os setores afetados, o governo abrirá os cofres, distribuindo subsídios financiados com mais dívida e mais impostos. É a receita da estagflação, que já conhecemos de governos petistas anteriores, mas em dose cavalar. O dólar explodirá, a inflação voltará a assombrar a mesa do trabalhador e o discurso oficial será o de sempre: culpar os “ricos”, o “mercado” e os “ianques”. É o roteiro do fracasso, executado com precisão por quem parece ter um fetiche por ele. O Brasil afundará em câmera lenta, para salvar a narrativa do partido.
Cenário 3: Terra Arrasada (O Apocalipse Petista)
Aqui, a fantasia se torna pesadelo. Trump cumpre a ameaça na íntegra. Em resposta, o governo Lula, em um ato de delírio e suicídio político, dobra a aposta. A guerra comercial é total. O resultado é o caos absoluto, a tempestade perfeita que transforma o Brasil na próxima Venezuela.
A torneira de dólares seca da noite para o dia. O real vira pó. A inflação galopante se transforma em hiperinflação. As prateleiras dos supermercados começam a esvaziar. Empresas quebram em efeito dominó, gerando uma onda de desemprego jamais vista. A resposta do governo? Controle de preços, confisco de poupança, restrição à saída de capitais. O manual completo do socialismo do século XXI sendo aplicado para “resolver” a crise que eles mesmos criaram.
Este cenário não é de recessão; é de colapso social. É a destruição do tecido produtivo e a aniquilação do poder de compra. É o legado final e mais sombrio de um projeto de poder que, encurralado, prefere levar o país inteiro para o abismo a admitir o próprio erro. Não seria a “crise do Trump”; seria a coroação da obra de demolição econômica iniciada por este governo.
A ameaça de Trump é apenas o gatilho. A arma já está apontada para a nossa cabeça, e quem a segura, com o dedo trêmulo da ideologia e da incompetência, é o próprio governo. A questão que fica é se o Brasil assistirá passivamente à sua própria execução ou se reagirá antes do disparo final.







