Às mulheres que inspiram o mundo
Por Sobre o Rotaract Club
O primeiro Rotaract Club foi formado em 1968 na Carolina do Norte (EUA), com a finalidade de proporcionar aos jovens de 18 a 30 anos oportunidades de se conectarem e entrarem em ação por meio do trabalho voluntário. Assim, como data para comemorações, todo ano em 13 de março é lembrada a data de fundação do primeiro Rotaract Club, sendo a semana festiva conhecida por SMR (Semana Mundial de Rotaract). A cada ano, durante a SMR, propostas inovadoras são dispostas aos Rotaractianos e no ano de 2021 a proposta trazida foi a divulgação de personalidades femininas dentro da comunidade. Deste modo, o Rotaract Club de Andirá apresenta aos andiraenses três mulheres de força e personalidades marcantes, residentes no Município e que colaboram com o crescimento deste de formas distintas como forma também de homenagear nesta semana da mulher todas as mulheres da cidade que todos os dias nos inspiram a serem pessoas melhores.
Maria Regina Bernini Amaral Campos
Data de Nascimento: 07/03/1947
Atuação: Professora, Rotariana e Senhora Rotariana
• Como você se sente sendo um exemplo de mulher no seu trabalho e na sociedade?
“um dia, quando criança, sonhei em ser professora; adorava montar uma escolinha em minha casa. Os anos foram passando e os estudos continuando – escola Ana Nery, ginásio estadual Barbosa Ferraz, escola normal de grau colegial dr. Agostinho Ermelindo de leão, escola de comércio Euclides da cunha e faculdade estadual de filosofia, ciências e letras de Cornélio Procópio.
Minha jornada profissional, após esse longo percurso, começou enfim na escola prof. Michel Kairala, depois colégio Durval ramos filho e colégio Barbosa Ferraz, terminando apenas no momento da minha aposentadoria. Não sei se fui um exemplo de mulher no trabalho, mas até hoje, quando encontro alguns ex-alunos, eles se referem a mim como “professora Regina”. Sinto aquele nó na garganta: sou reconhecida. Além disso, um dos meus maiores orgulhos é quando encontro as ‘minhas meninas’, hoje professoras nas escolas da minha cidade. Reconhecimento ao ouvir muitas vezes ‘você foi a minha inspiração’. Ainda hoje acontece, mas não é só de trabalho que vive o homem.
Construí uma linda família, além de ter surgido na minha vida uma organização reconhecida mundialmente: o Rotary clube e a associação de senhoras. Sou voluntária há mais de 40 anos na ASR, e rotariana desde o ano 2000, trabalho este que me dedico com amor e prazer.
Acredito que viver para produzir alguma coisa para a sociedade é um ato de amor, dedicação e bem ao próximo.”
Fernanda de Abreu Carvalho
Data de Nascimento: 03/01/1973
Atuação: Professora
• Como você se sente sendo um exemplo de inspiração de mulher no seu trabalho e na sociedade? “Sempre sonhei ser professora ou trabalhar em escritório (seja lá o que isso significava quando era criança!). Ensinar o outro ganhou. Lembro que minha mãe quis me convencer a não fazer o magistério (antigo ensino médio técnico) porque, na época, ela estava sofrendo muito com questões de valorização profissional. Bom, como adolescente que era, não a ouvi e fiz magistério. Aí me apaixonei. Tchau escritório.
Ah! as meninas do magistério!!! Quantas saudades delas! Competíamos para termos mais horas em estágios, para fazermos o caderno de comemorações mais caprichado, fofo, colorido, perfeito e todas as manhãs, depois dos estágios, contávamos animadas o que tínhamos ensinado para as crianças. Lógico, que como graduação, escolhi uma licenciatura: Letras (queria seguir os passos da minha mãe, professora de Português, minha heroína).
No 1° ano do curso consegui pegar aulas de substituição no ensino médio, vejam que coragem (rsrsrs) dei aula para as minhas amigas um ano após ter saído do magistério. Minha avó materna me dizia que quando tínhamos algo para fazer deveríamos contar até 3 e fazer, sem pensar muito. Acho que levei esse conselho bem à sério e quando apareceu a oportunidade para dar aulas, contei até 3 e fui.
Realmente era isso que eu queria fazer. Mas sempre fui daquelas que têm necessidade, quase que como para sobreviver, de criar. Gosto muito dos livros didáticos, são bastante necessários, mas eu gostava mesmo era de inventar: aquela letra de música? Hum! Pensando bem é excelente para iniciar um debate sobre a sociedade moderna, que se tornará um texto. Aquele debate público polêmico? Ótimo para motivar uma pesquisa, depois uma análise social e por fim um conto. Aquela crônica simples e linda? Motivará outras tantas crônicas que junto com aquelas histórias da vovó que virarão memórias literárias, preencherão um livro maravilhoso escrito por meus pequenos(as) grandes homens/mulheres.
E foi assim que trilhei, lapidei, moldei meu caminho pelo magistério ensinando língua materna. Língua materna, aquela que aprendemos na infância, que todo mundo conhece e usa antes de entrar na escola, mas que pode ser reinventada, manipulada, transformada para nos servir de tantas e tantas formas inimagináveis, funcionais, lindas, coloridas, cinzas, belas, feias, dramáticas, engraçadas, felizes.
Aí, num caminho tão maravilhoso desses tive a honra, a sorte, a alegria de encontrar seres humanos maravilhosos dispostos a viver algumas, muitas, deliciosas, belas aventuras comigo. Quem são? Meus alunos, eternos alunos, que apesar de já terem sido, ainda são (não consigo deixar de vê-los como meus pequeninos sentados em suas carteiras na sala de aula). Alunos de 6, 10, 17, 27 nem sei quantos anos. Essas pessoas maravilhosas que vêm para a escola dispostos, cheios de sonhos e olham para você das suas carteiras colocadas em frente a um quadro verde e que esperam, esperam e de repente, eles são tão seus e você é tão deles que entramos num lugar, num mundo paralelo em que tudo é possível, em que tudo é fácil, é bom, é gostoso e… tudo flui e….e algo sai de tudo isso.
Algo que é mais que um texto, um livro, um cartaz, um vídeo, uma peça de teatro, uma revista, um jornal… é mais… é muito mais. É confiança no outro, é amizade verdadeira… é amor entre seres humanos. Isso é o magistério. É isso que vivi e vivo: o amor entre seres humanos.
Mariane Bernucci Guimarães
Data de Nascimento: 19/03/1992
Atuação: Digital Influencer – Criadora de Conteúdo Digital.
• Como você se sente sendo um exemplo de mulher no seu trabalho e na sociedade?
“Bom, essa pergunta de ser uma mulher inspiradora na cidade é complicada e ao mesmo tempo uma honra. Inspirar outras mulheres a se amarem como elas são, independentemente do número que usam ou algo mais é maravilhoso!
Precisamos olhar pra gente com mais carinho e amor! Olhar para trás e ver tudo que conquistamos! E eu acho que o papel de toda mulher é esse! Inspirar mulheres a serem elas! A serem mães, mulheres, amigas, donas de si e de suas histórias!
O melhor padrão é aquele que você se sente bem! É aquele que você pode ser você! ♥️”