Municípios devem intensificar vacinação contra sarampo e poliomielite
Por AEN – PR
A Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria da Saúde do Paraná reuniu nesta sexta-feira (27), por videoconferência, técnicos das 22 Regionais de Saúde do Estado e representantes da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Primária à Saúde de vários municípios. A iniciativa foi para alertar sobre a necessidade da intensificação da vacinação contra o sarampo e também para sensibilizar todos os profissionais da área para manterem a vigilância na imunização contra a poliomielite.
O alerta sobre a pólio atende recomendação do Ministério da Saúde e da OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde – em função dos casos da doença que continuam sendo registrados no Afeganistão e Paquistão, e de um caso que surgiu este ano nas Filipinas, onde também foi detectada a presença no vírus, em águas marítimas, na capital, Manila.
“É preciso deixar claro que não temos caso de pólio. Trata-se de medida preventiva que está sendo repassada para todos os estados”, diz o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto. “O Ministério da Saúde pede neste momento atenção especial dos profissionais da saúde para estas doenças e nós pedimos a toda população para que busque uma unidade mais próxima para a imunização”, disse ele. “São vacinas seguras e estão disponíveis nas unidades de saúde. Vacinar é uma forma segura de se proteger a vida.”
HISTÓRICO – O Brasil enfrentou surto de poliomielite entre 1968 até meados da década de 80, com mais de 26 mil casos. As grandes campanhas nacionais controlaram a doença e o último caso confirmado no Brasil foi em 1989. O Paraná não registra casos desde 1986.
“Nosso alerta é para que a eliminação não crie a falsa sensação de que a vacina não é mais necessária. Só por meio da vacina a população estará protegida. Hoje há grande circulação de pessoas e consequentemente dos vírus. Por isso, estar com a vacinação em dia é fundamental”, afirmou o chefe da Divisão de Doenças Transmissíveis, Renato Lopes.
A orientação para as Regionais de Saúde e secretarias municipais é para atenção às notificações de casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA), patologia que se instala de forma súbita, em menores de 15 anos, e que pode ser provocada pelo vírus da pólio. “A notificação imediata destes casos significa que a Vigilância está atenta ao controle e investigação da poliomielite, antevendo situações indesejáveis em relação à doença”, complementou Renato Lopes.
SARAMPO – Quanto ao sarampo, além da orientação para que todos os profissionais ajudem a propagar a informação sobre a importância da vacina, foi reforçada também a orientação sobre coleta de amostras das pessoas infectadas, no quinto dia do aparecimento do exantema (manchas vermelhas); isolamento domiciliar do caso suspeito ou confirmado por sete dias; bloqueio vacinal seletivo oportuno em até 72 horas dos familiares e pessoas que tiveram contato com infectados pelo vírus do sarampo e, monitoramento deste grupo por 21 dias. A vacinação contra o sarampo segue em todas as unidades de saúde do Estado.
Devem receber a vacina, bebês de seis meses a um ano incompletos, é a chamada “dose zero”, que é extra. Também devem ser vacinados os bebês de 12 meses, que recebem uma dose da tríplice viral, já prevista no calendário de imunização, e os de 15 meses, que recebem a dose da tetravalente. A população com até 29 anos devem ser imunizadas com duas doses da tríplice viral. Adultos de 30 a 49 anos devem ter pelo menos uma dose da tríplice viral.
CAMPANHA NACIONAL – No próximo dia 7 de outubro terá início Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. Na primeira fase, que vai até o dia 25 de outubro, receberão a dose as crianças ainda não imunizadas, de seis meses a menores de cinco anos. O Dia D desta fase da campanha será 19 de outubro.
A segunda fase da campanha será de 18 a 30 de novembro e o público-alvo compreenderá adultos jovens não vacinados, na faixa etária de 20 a 29 anos de idade. O dia D, de mobilização nacional desta fase da campanha será 30 de novembro.