Desmandos e Corrupção
Por F.S.B.
Certa feita, Madre Teresa de Calcutá disse: “- Quem joga lixo na rua não ama Deus.”
Interessante pensar que talvez tenha sido exagero da parte dela, entretanto, se refletirmos um instante na máxima que nos deixou O Cristo Jesus, exortando-nos que são dois os mandamentos que encerram o Decálogo trazido por Moisés; “- Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22: 37-40). Ora, dessarte haveremos, por bem, de aplicar em tantas áreas quantas se nos fizerem necessárias o exposto, onde a essência é o reflexo de tudo quanto fizermos ressoando em comum, no coletivo.
Estamos em momentos de decidirmos os próximos passos municipais, que devem ser geridos em prol do município como um todo viabilizando evolução para os munícipes em geral – e não em benefício próprio. Muito se ouve sobre a corrupção em escala nacional praticadas por políticos os quais têm as almas tão “limpas” quanto suas mãos, ao mesmo tempo muito se vê o cidadão buscando favoritismos e facilidades em detrimento da moral, da ética, da legalidade, da impessoalidade entre outros pontos de direcionamento do poder público.
Aqui é um que fura uma fila numa UBS, ali outro que estaciona em local proibido (e oferece uma gorjeta ao profissional que deve lhe aplicar uma autuação), mais adiante uma pessoa que joga lixo na rua e reclama da falta de limpeza pública, mais além alguém que instala um “gato” para não pagar a conta de luz, acolá um que, ludibriando o sistema, recolhe benefícios indevidos destinados aos que mais necessitam.
Na verdade, a corrupção, a desonra, a vergonha e a imoralidade são tão presentes quanto o oxigênio que respiramos, lembremo-nos de agir corretamente para não incorrermos em hipocrisia deslavada e mentira mascarada. Afinal dizia um sábio: “- Consciência é para quem tem!”
Com muita razão e efetividade vivemos em tempos ora marcados pela irresponsabilidade e desmando. Vemos cidadãos contrariando as regras sobejamente seja por ignorar as leis ou por voluntariamente buscar culpados, direitos, heranças e jamais se adequar e admitir as responsabilidades. Assim buscamos sempre um culpado para carregar o fardo dos nossos próprios desmandos, insensatez e até perjúrio por parte daqueles que juraram fidelidade e lealdade ao povo. Não nos esforçamos na busca pela solução, pelo trabalho honesto, pela manutenção e respeito as regras que direcionam a convivência entre uma comunidade, debalde vivemos em prol de nós e dos nossos em detrimento do bem estar comum, a unicidade, o egoísmo, o destempero, o enfado, e todas as chagas e miasmas da consciência humana, fazem-se presentes e em constante crescimento, porquê os alimentamos, damos demasiado interesse aos males e pouco ou quase nenhum na reforma íntima, onde nascem e desenvolvem os germens das sombras que alimentamos.