Em Uraí, Polícia Militar prende autor de homicídio e apreende armas de fogo e munição
Por Comunicação Social – 18º BPM
Por volta das 2h da madrugada de terça-feira (14), a equipe policial militar de plantão foi acionada para deslocar-se até uma propriedade rural localizada na Rua Alvorada, no município de Uraí, onde segundo solicitação teria ocorrido um roubo seguido de morte.
No local, o caseiro que mora em uma casa ao lado, informou que no momento da chuva ouviu barulhos de pancadas e quando saiu, visualizou um homem correndo em direção à plantação de soja, tomando rumo ignorado, não sabendo informar características. Assim sendo, foram repassadas as informações para a rede, onde foi solicitado o apoio das viaturas de área.
No local, foi encontrada uma mulher de 58 anos caída no interior da sala, inconsciente, e bastante ensanguentada. Feito contato com o SAMU, foi deslocada uma equipe de Cornélio Procópio, onde a médica plantonista constatou o óbito. De imediato, foi isolado o local e repassada a ocorrência para a Polícia Civil.
Assim, após a realização da perícia, foi constatado que a morte ocorreu em razão de disparos de arma de fogo, sendo verificado que a vítima possuía quatro perfurações por projétil de arma de fogo, sendo apreendidos quatro projeteis pelos peritos. Não obstante, foi verificado pelos peritos, que no quarto da vítima havia um carregador de celular na tomada e que após informações coletadas pelos familiares, foi constatado que o autor dos disparos subtraiu um smartphone, marca Iphone, que pertencia a vítima.
Por conseguinte, equipes da Polícia Militar iniciaram diligências a fim de identificar e localizar o autor do crime, chegando a informação que um ex- funcionário havia sido demitido recentemente. Destarte, equipes da ROTAM deslocaram-se até a sua residência, onde foi verificado na entrada do portão, o qual se encontrava semiaberto, um chip de celular, da operadora vivo 4g, e um pedaço de uma tela, também de celular, próximo ao meio-fio da calçada, o que gerou certa suspeita por parte das equipes. Mesmo assim, foi optado por fazer contato com o noticiado, onde após chamá-lo, atendeu a equipe, mas retornou para dentro.
Nesse momento, levando-se em conta os vestígios supracitados, aliado ao fato dele não ter saído até a calçada para atender a equipe, houve a fundada suspeita de que o noticiado realmente poderia estar envolvido no crime. Logo, foi realizado o adentramento no quintal e obtido êxito em abordar o noticiado, tal como foi encontrado um carro, onde foi possível ver, através do para-brisa, uma munição de revólver, caída no banco do passageiro. Já em conversa com o abordado, após ser orientado quanto aos seus direitos constitucionais, foi indagado se ele possuía arma de fogo em sua residência, o qual confirmou, alegando ser caçador, e que possuía um revólver e um rifle, além de munições, os quais estavam guardados em uma dispensa, nos fundos da residência.
Em buscas no local, tais armas foram localizadas, se tratando de um revólver Taurus, calibre 357 Magnun, municiado, com oito munições intactas e um rifle calibre .22, além de 39 munições deflagradas e 6 munições intactas, estas, armazenadas em uma caixa de papel, assim como a munição localizada no veículo, todas calibre 357.
Foi também localizada 173 munições intactas, do calibre .22, das quais, 9 se encontravam no carregador do rifle. Foi ainda localizado pela equipe, partes de um aparelho celular, através do qual foi possível visualizar que se tratava da marca Apple, com capa vermelha, aparentando ser o aparelho celular subtraído da vítima, além de um outro celular, danificado, da marca Samsung. Seguindo nas buscas, foi encontrado no cesto do banheiro, trajes de roupas as quais aparentavam ter sido lavadas recentemente. Diante dos objetos encontrados, o abordado foi novamente orientado quanto aos seus direitos, dentre eles, de permanecer em silêncio, mas foi convidado a colaborar com a equipe para esclarecer os fatos, momento em que confessou que praticou o crime, alegando que trabalhou por um tempo na chácara, e que mesmo após ter encerrado o vínculo empregatício, estava sofrendo constrangimentos por parte da vítima, a qual ficava frequentemente enviando mensagens ao seu telefone e que ele temia ter problemas em seu casamento, não querendo entrar em mais detalhes.
Sem mais perguntas, o homem de 40 anos recebeu então voz de prisão e foi encaminhado até a delegacia de polícia civil, juntamente com as armas, munições, veículo e demais objetos apreendidos, para as devidas providências.
