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Universidades farão exames para identificar o coronavírus

Por AEN – PR

Cinco instituições estaduais de Ensino Superior do Paraná deram início nesta terça-feira (31) ao processo de credenciamento junto ao Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (Sislab) para realização de exames para identificação do coronavírus. Juntas, as universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Oeste do Paraná (Unioeste) terão capacidade instalada de avaliar até 700 amostras por dia.

O número aumentaria a condição atual de processamento no Paraná em quase 120%. Hoje, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) já tem capacidade de executar até 600 exames por dia – um incremento de 400% em relação ao início da pandemia. Os kits para os exames e os insumos para a extração de amostras dos materiais coletados ficariam por conta das universidades, municípios ou entidades civis.

A autorização para o credenciamento de novos laboratórios para os exames da Covid-19 consta no decreto estadual 4.261/2020 e atende a um pedido do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Segundo ele, a ação é mais uma possibilidade que o Estado tem para o enfrentamento ao coronavírus.

“Quanto mais parceiros o Estado puder ter neste momento de pandemia, melhor. Quem ganha é a população do Paraná. As universidades estaduais podem sim fazer esse trabalho, sempre com o monitoramento do Lacen”, destacou. “O Lacen é referência não só para o Estado, mas também para todo o Brasil”, acrescentou.

O governador disse ainda que Governo do Paraná reforçou em mais de 20% o quadro de profissionais do Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), principal responsável por exames de contraprova para a Covid-19. A equipe da Divisão dos Laboratórios de Epidemiologia e Controle de Doenças (DVLED), em São José dos Pinhais, passará de 60 para 73 profissionais até o fim de abril.

EXCELÊNCIA – O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou a atuação do Laboratório Central do Estado como um balizador da qualidade dos exames que serão feitos em todo o Paraná. “As universidades vão se validar e em pouco tempo teremos condições de ampliar, e muito, os exames realizados no Estado. Sempre com a outorga do selo de qualidade e excelência do Lacen”, disse.

Superintendente de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti), Aldo Bona lembrou que as universidades estaduais se colocaram à disposição para colaborar com o Governo do Estado desde o início da pandemia. “Contamos com laboratórios equipados e toda a estrutura na área de saúde para ajudar nos processos. Entramos em contato com o Lacen para iniciar o credenciamento e contar com a ajuda do Laboratório Central do Estado”, explicou.

LONDRINA – De acordo com o vice-reitor da universidade, Décio Sabbatini, a UEL já vem se articulando com as entidades civis de Londrina e com a secretaria municipal de saúde para fazer a estruturação do serviço. O Laboratório de Biologia Molecular, integrado ao Hospital Universitário da cidade, ressaltou Sabbatini, facilitaria também a questão logística, já que tem condições de processar até 200 testes/dia com a estrutura já existente.

“Estamos nos dispondo a apoiar toda a macrorregião de Londrina. Isto poderia ajudar a descarregar o sistema de saúde como um todo”, afirmou ele.

ESTUDO – Além de ter dado início ao processo para a realização de análises, as universidades locais também estão envolvidas com estudos para mapeamento da Covid-19.

Segundo dados da Web Of Science, divulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), a Universidade Estadual de Londrina está entre as três universidades com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil. São 21 materiais, atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP) com 91 e Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 32.

O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, liderada pelos Estados Unidos com 4.400 estudos publicados, seguidos da China com 2.523. “É importante destacar a relevância da pesquisa científica feita nas sete universidades estaduais, que são fortes em pesquisa básica e aplicada”, destacou Aldo Bona.

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