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Andrey, morto em Curitiba, é enterrado em Cambará

Por GAZETA 369

Andrey Gustavo Orsini Francisquini, 35 anos, que foi morto num confronto com a Polícia Militar, na Praça da Espanha, no bairro Bigorrrilho, em Curitiba, neste domingo (12) foi enterrado nesta manhã em Cambará.
Segundo matéria publicada pelo Site NP Diário, relatos da Polícia Militar, contam que Andrey teria fugido de uma abordagem policial da ROTAM, do 12º Batalhão e que teria avançado o carro em direção aos policiais, mas sem atingir ninguém. Ainda, segundo relatos, o Andrey teria sacado uma pistola e, diante da atitude, os policiais reagiram no confronto, onde acabou morrendo na hora, sendo identificado depois pelo Instituto Médico-Legal.

Andrey Gustavo Orsini Francisquini, 35 anos – falecido em Curitiba – PR (Foto: Divulgação Site NP Diário)

Andrey era filho do jornalista Benedito Francisquini, da Tribuna do Vale; morou em Cambará e em Santo Antônio da Platina e há anos estava em Curitiba. O corpo foi velado em Curitiba e também em Cambará, no velório municipal, e o sepultamento ocorreu na manhã desta terça-feira (14) no Cemitério Municipal da cidade.

Em texto escrito pelo jornalista Benedito Francisquini, republicado pelo jornalista Marcos Júnior em seu blog, contesta e relata a tristeza da perda:

“A única reportagem que jamais pensei publicar”

Estava me preparando para o almoço, neste domingo (12), quando recebi a inusitada visita do repórter Juninho Queiroz, da Difusora FM. Veio com uma conversa esquisita, mas não aguentou e disparou: olha, recebi agora a informação que seu filho Andrei morreu nesta madrugada, num suposto confronto com a Polícia Militar, em Curitiba.

Achei que era brincadeira de mau gosto, mas logo percebi ser verdade. Meu filho Andrei, o menino maluquinho, que me deu tantas dores de cabeça, mas tinha no coração uma usina de amor, estava morto, aguardando ser reconhecido numa unidade do IML de Curitiba.

As informações divulgadas até agora pela PM indicam que Andrei Gustavo Orsini Francisquini, de 35 anos, teria fugido de uma abordagem policial e que teria gerado a reação da polícia.

Pelo que conheço de meu filho, tinha aversão a armas e qualquer tipo de violência. Fica difícil acreditar que meu menino sacasse de uma pistola e reagisse contra vários policiais.

Sinceramente, antevejo mais um desses casos sem solução. As câmeras nunca funcionam, as perícias nunca terminam e tudo acaba no esquecimento, num país acostumado com a impunidade.

Como pai, me sinto estraçalhado. Ele estava afastado de mim há algum tempo, por divergência pessoais, mas volta e meia deixa uma mensagem dizendo que me amava!

Sinceramente, não sei como vai ser minha vida a partir de agora!

Gazeta 369

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