Até a última gota…
“A água é a fonte de vida de todos os seres vivos.”
O recurso natural mais valioso, e vital que existe é o recurso hídrico – a água doce – que abastece toda a forma de vida em nosso planeta, pensemos no Brasil, como é utilizado esse recurso? Existe consciência ambiental? Cuidamos das nascentes e mananciais como se faz realmente necessário? Bom, devemos observar se, de maneira geral, damos o devido valor a água potável, de modo que consigamos utilizar o suficiente para satisfazer a demanda e ainda preservar esse recurso valiosíssimo.
Num dia desses, em um pretérito não muito distante, – eu diria até que, muito recente – passava eu em determinado logradouro por volta das 7:20h, onde pude observar uma senhora “varrendo” as folhas das árvores da calçada com a água da mangueira, percebi a dificuldade nessa penosa tarefa, dada a incompatibilidade do instrumento utilizado para o trabalho e recordei um dispositivo que fora inventado propriamente para essa atividade há algum tempo, o qual exerceria essa função com efetividade, chama-se vassoura, imagino que aquela senhora talvez não conheça ainda…
Continuei meu trajeto e por volta das 10:30h eu retornava por aquele mesmo percurso e, imaginem só, a senhora ainda estava ali, com a mangueira a expulsar a água convulsivamente de suas entranhas, enquanto a senhora conversava animadamente com outra pessoa, sem perceber a vida escoando pela calçada, o que me levou a pensar instintivamente num deserto, o quanto essa água que jorra abundante de tantas mangueiras é preciosa nos desertos e, não muito longe daqui, em locais onde ainda há escassez impiedosa, e a necessidade de captar água da chuva, em determinadas localidades onde esse fenômeno ocorre com muita irregularidade uma vez por ano. Aliás o que me leva a refletir; com essa prolongada e incomum estiagem, e com o desperdício desvairado, senil, inconsequente e irresponsável dos nossos recursos hídricos, de um “nada modesto” contingente, será que estamos longe de transformarmos nossas águas em vasto deserto, doente e febril?
Será que pagaremos para ver “até a última gota”?