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Câmara rejeita Decreto Legislativo de André Rossato e servidores lamentam

Por Wilson Barbosa – GAZETA 369

A 16ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Andirá, realizada nesta segunda-feira (20), teve o plenário lotado com a presença de funcionários públicos e Sindiserv, devido a votação do Decreto Legislativo 02/2019, do vereador André Anderson Rossato, que sustaria a aplicação do Decreto Executivo 8.400, de 6 de fevereiro de 2019, do poder executivo, referente a suspensão da Licença Prêmio dos servidores.

O Decreto foi derrubado por 4 a 2. Votaram a favor, os vereadores André Rossato e João Padeiro; Votaram contra os vereadores Robson Stefanuto, Prof. Paulo Alves, Pepe e Toninho da Ambulância. A vereadora Dira se absteve de votar. O vereador Claudemir Dragoni estava ausente. O presidente da câmara Gilmar Resende só vota em caso de empate.

“Decreto do mal”

O vereador André Rossato usou a tribuna para falar sobre o que ele denominou de “Decreto do mal” que tira a Licença prêmio do servidor público Municipal. Chamou de indolência do poder executivo que, segundo o vereador, não dialoga com as partes interessadas.

Vereador André Rossato (Podemos) fala na tribuna sobre o decreto que sustaria o decreto do executivo, na noite de segunda-feira (20). (Foto: Wilson Barbosa – GAZETA 369)

André mencionou que o decreto em questão não fala do TCE, fere o estatuto do servidor público que tem o direito de requerer e o executivo pode conceder ou não. “A prefeitura tem o direito de negar, mas tem que ser solicitado”.

Ressaltou novamente que não está fazendo politicagem e que se foi procurado é porque sabem que, por ser oposição, faria o que é certo. “Se você fala, reclamam que não faz; quando faz, acaba incomodando”, disse André. “Fiquei em silêncio só observando, mas agora me vi no direito de dar voz aos servidores, pois o tempo de calar já passou”, finalizou o vereador. O vereador André deu mais detalhes a reportagem da GAZETA 369 e da Rádio Cultura AM:

 

O apoio

O Vereador João Padeiro mencionou seus 12 anos no mandato e manifestou apoio aberto aos servidores, pois acha difícil votar contra um projeto desses:

 

O vereador, e líder do governo, Prof. Paulo Alves citou a fala do assessor jurídico do Sindiserv que pediu ao executivo que revogasse o decreto. Citou a possibilidade de elevar também o valor do Vale-refeição também. Voltou a falar que deve haver o diálogo entre prefeitura, sindicato e câmara. Citou a falta de servidores sindicalizados, que hoje chega a apenas 28%.

Sindserv acompanhou a votação na câmara e lamentou o resultado (Foto: Wilson Barbosa – GAZETA 369)

Citou que muitos servidores não tiram férias ou licença porque não conseguem viver do salário bruto sem as horas extras. “Não sei quantas reuniões foram feitas para que se chegasse a esse ponto”, fala esta que não agradou aos servidores e sindicatos, que alegaram que não era verdade. Finalizando, o líder informou que já está sendo feito o levantamento de todos aqueles que necessita sair de licença.

O funcionário público Emerson disse estar revoltado com a situação em que se chegou o funcionalismo público, lamentou revoltado, dizendo que o que está faltando é que todos cruzem os braços em protesto:

Wilson Barbosa

Jornalista e professor de Língua Portuguesa, formado pela UENP (FAFIJA); Twitter: @wilsonbarbosa66

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