FACIAP é contrária ao Lockdown decretado pelo governador Ratinho Júnior
“Lockdown NÃO é a Solução. É preciso punir os irresponsáveis”
Por GAZETA 369*
A Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (FACIAP) emitiu manifesto a respeito do Lockdown decretado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior na manhã de sexta-feira (26).
A FACIAP é uma entidade que representa mais de 300 Associações Comerciais e cerca de 50 mil empresas e mostrou-se contrária ao lockdown decretado por Ratinho Júnior em todo o Paraná. A entidade destacou que os empresários não podem pagar pela irresponsabilidade de parte da população, que insiste em ignorar as medidas de prevenção, visto que o setor produtivo vem trabalhando com responsabilidade, segurança e não é foco de contaminação.
Ainda, segundo o manifesto, um novo lockdown vai gerar desemprego e reduzir a renda das famílias. Muitos empreendimentos vão falir, pois já se encontram em situação de fragilidade, devido à lenta recuperação dos fechamentos anteriores. Muitas famílias serão obrigadas a ficar em casa sem ter recursos para necessidades básicas.
A FACIAP também entende que o poder público poderia trabalhar com medidas restritivas, que impeçam aglomerações, como a Lei Seca e o toque de recolher, intensificando a fiscalização para punir os infratores.
“O trabalhador e o empresário não devem pagar a conta das aglomerações clandestinas que, em sua grande maioria, ocorrem em horários alternativos aos do setor produtivo. Se existem donos de bares, restaurantes e cultos religiosos que promovem aglomerações e contribuem para espalhar o vírus, que sejam também punidos. Este ônus não deve cair sobre quem luta para preservar a vida e trabalhar com segurança”, destacou Fernando Moraes, Presidente da FACIAP.
O manifesto frisa que é preciso ampliar a fiscalização, aumentar a quantidade de leitos hospitalares, intensificar a realização de testes e ter a certeza de que as pessoas infectadas cumpram a quarentena com a disciplina necessária.
A FACIAP destacou que lamenta profundamente as mortes provocadas pela pandemia e ressalta que o lockdown não é a saída mais viável, pois abala a economia e contribui pouco para o combate ao vírus. Em muitos casos, prejudica mais do que ajuda.
“Imunizar a população é uma medida emergencial e deve ser tratada como prioridade. Cabe ao Governo Federal atuar com mais eficiência e agilidade para que a vacinação chegue o mais rápido possível a todos”, destaca Fernando.
“O setor produtivo precisa continuar em funcionamento, contribuindo para a nossa sociedade com a responsabilidade e seriedade de sempre”, finaliza o manifesto
A Associação Comercial e Empresarial de Andirá (ACEAD) também lamenta tal decisão tomada pelo governo do estado e solicita maior fiscalização, a fim de coibir ações que estão contribuindo para o avanço do vírus. Segundo a ACEAD, o empresário dito como “não essencial” segue todas as normas impostas pela vigilância sanitária, e não deve arcar sozinho. “Estamos solidários aos empresários afetados. Não podemos fechar portas e os irresponsáveis impunes. Contamos com o apoio de todos para juntos conseguirmos voltar um pouco à normalidade”, destaca a ACEAD
*Fonte: (FACIAP / Site ACEAD)