Artigo & Opinião

A tragédia educacional brasileira

Hugo Von Hofmannsthal nos disse uma coisa que depois que você começa a se interessar tanto por política quanto por literatura ira perceber que é verdade, no livro 1984 de George Orwell vemos muito bem isso:

 Nada está na realidade política de um país que não esteja antes na sua literatura.

A grande tragédia educacional é da geração que hoje se encontra nos anos finais do ensino médio e os que estão nas universidades, pense por um instante que o professor utiliza apenas de autores marxistas para ministrar suas aulas, é mais fácil fazer esse exercício utilizando matérias como história e sociologia, logo os alunos começarão a defender uma narrativa sem ao menos conhecer o lado oposto.

Está sendo dessa forma que tradições inteiras de pensamentos são excluídas de livros didáticos e de bibliografias, levando que esses estudantes que se intitulam de críticos não conhecerem o outro lado da moeda, não podendo existir um pensamento critico sem uma autocritica, uma contraposição, sem um pluralismo intelectual. Não existem estudantes que possam entender realmente a corrente ideológica que realmente se situa sem ao menos conhecer outras, levando a não entenderem o que estão falando.

Se eu citar autores como Roger Scruton, Edmund Burke, Louis de Bonald e Murray Rothbard quase que unanimemente não saberão de quem estou falando, como podem ser críticos se não conhecem o outro lado da moeda?

Eles nunca irão reclamar a falta de oposição ao pensamento anti marxista por que nem sequer sabem que ele existe, e digo mais, não conhecem nenhum outro autor além de Marx e raramente Engels, essa é a grande tragédia. Essa culpa é completamente do método Paulo Freire, sabe-se que nenhum país de primeiro mundo utiliza os métodos que ele defende em suas obras – se é que podemos chama-las assim.

Não podemos esquecer-nos do patrono da educação esquerdista brasileira Paulo Freire, esse mesmo que escreveu A pedagogia do oprimido, que alias, eu nunca vi algum fruto sobre a obra dele e não conheço um único intelectual que foi criado pelo seu método, em 19 de abril de 2012 no Diário do Comercio, Olavo de Carvalho escreveu no seguinte texto “Viva Paulo Freire”:

Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica, científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo Freire é um ilustre desconhecido.

As técnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma.

Em muitas pesquisas atrás de informações sobre intelectuais que Paulo Freire produziu eu não encontrei um sequer, apenas militantes e adoradores de partidos comunistas, para essas pessoas ele é um santo, profeta e um gênio a ser louvado.

Graças a ele e aos governos esquerdistas a mediocridade intelectual se tornou obrigatória, exemplo disso são as teses de mestrado nas universidades brasileiras, irei dar alguns exemplos abaixo, listando algumas das obras que considero de pior gosto e que nos mostra a decadência do ensino brasileiro, principalmente em mestrado e doutorados.

De cada trabalho eu tirei um trecho para você leitor tentar ao menos entender um pouco do que estou querendo falar.

Nome: Fazer banheirão: as dinâmicas das interações homoeróticas na Estação da Lapa e adjacências.

Curso: Mestrado em Antropologia na Universidade Federal da Bahia.

Autor: Tedson da Silva Souza.

Percebo que, para além de um simples terminal com um sanitário, a Estação da Lapa é ressignificada como espaço de práticas sexuais de desejos dissidentes, na direção de interesses tão diversificados quantos são os sujeitos que interagem na cena e que só são reunidos aqui pelo traço em comum dos desejos, diversificadamente, homo-orientados.

 

Nome: Mulheres perigosas: uma análise da categoria piriguete.

Curso: Mestrado em Sociologia e Antropologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Autora: Larissa Quillinan Machado Larangeira.

A piriguete representa, primeiramente, uma mulher que não se adéqua às normas de conduta feminina – ela expressa sua sexualidade e seu desejo, sua liberdade e seu poder.

 

Nome: A Zuadinha é tá, tá, tá, tá: representação sobre a sexualidade e o corpo feminino negro.

Curso: Mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Autor: Wellington Pereira Santos.

Embora aproxime-se do pagofunk, tanto pelas letras sexualizadas como pelas coreografias, o pagode de elite, ainda que apresente letras menos sexualizadas, tem um estilo mais voltado para a suingueira – que o aproxima do pagodão.

 

Nome: A pedofilia e suas narrativas: uma genealogia do processo de criminalização da pedofilia no Brasil

Curso: Doutorado em Sociologia na Universidade de São Paulo

Autor: Herbert Rodrigues.

Por tudo que foi visto nesta tese, não é possível afirmar que a pedofilia seja, em sua totalidade, sinônimo de violência sexual contra a criança, embora os termos sejam usados de modo indiscriminado e intercambiável em quase todos os domínios do saber. Os diversos textos apresentados aqui demonstram que muito pedófilos nunca violentaram sexualmente uma criança; e que muitos agressores sexuais infantis não podem ser considerados pedófilos, por não se enquadrarem na definição psiquiátrica da categoria.

 

Isso é apenas uma misera parte dos trabalhos acadêmicos brasileiros, esses mesmo serão os professores de nossos filhos no ensino tanto no ensino básico quanto nas universidades, tudo isso graças a “filosofia” de ensino de Paulo Freire.

Eles passam pelas escolas e universidades sem terem contato com outros autores, então o que é chamado de pensamento critico e o que é vendido por pensamento critico não passa de um cabecismo ideológico, um dogma que é repetido como papagaios, é uma forma de marxismo vulgar e pastoso, sem consistência, confundindo isso com pensamento critico.

 

Lucas Barboza

Professor, colunista, economista, empreendedor, estudante de história, de direita, cristão, anticomunista e armamentista.

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