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Um pouco sobre Criptoeconomia

O QUE É UMA CRIPTOECONOMIA

Ela reúne os campos da ciência da computação e da economia para estudar os mercados financeiros, protocolos de segurança, aplicativos de software e redes descentralizadas que podem ser construídas combinando criptografia com drivers econômicos. Suas tecnologias como blockchain e criptomoeda tornaram-se um tema interessante, pois fazem parte de uma era revolucionária na economia global. Um exemplo é a nova versão da criptomoeda, Bitcoin, que é totalmente peer-to-peer, permitindo o processamento e envio de transações diretamente de uma parte para outra sem passar por uma instituição financeira ou terceiros, ou seja, você não precisa de um banco para fazer transferências, basta ter uma carteira de criptomoedas e pronto.

A Criptoeconomia é semelhante ao conceito de Mechanism Design, pois você deve começar observando os resultados desejados e, assim, criar um jogo que produza esses resultados, levando em consideração o interesse do próprio jogador. Outra semelhança com o design de mecanismos é que a criptoeconomia se concentra na criação e no design do sistema. A diferença é que os mecanismos utilizados em criptoeconomia para gerar incentivos econômicos são desenvolvidos por meio de criptografia e software, e os sistemas são quase sempre distribuídos e/ou descentralizados.

Exemplos de criptografia são a função Hash e as chaves pública e privada, utilizadas na criptomoeda Bitcoin, onde essas criptografias garantem a integridade e autenticidade dos dados. Um exemplo de dinâmica econômica, que ocorre no Bitcoin, é a recompensa pela mineração do Bitcoin. Os mineradores recebem recompensas pela criação de blocos, o que é benéfico para o sistema.

Isso tornou-se mais popular e segue principalmente o surgimento e inovação do Blockchain e suas criptomoedas, como Bitcoin e Blockchain, incluindo inovações anteriores e relacionadas de programas e cálculos, como Chaves Públicas Criptográficas. Mas também é essencial conectar a criptoeconomia com a história econômica e financeira. Por exemplo, em 2008, quando o Bitcoin foi criado e lançado, houve uma grande crise financeira na economia global, mostrando a necessidade de uma mudança de conhecimento, convenções e práticas. A crise combinada com a introdução do Bitcoin facilitou o surgimento da economia criptográfica.

Rafael Schultze-Kraft, fundador do Glassnode apontou que a maior criptomoeda do mundo teve inflação de 1,7%, perdendo somente 0,01% de seu valor, enquanto o dólar teve uma inflação de 7%, muito acima do normal para a moeda mais forte do mundo. Mas não são todas as criptomoedas que devem ser levadas a sério, em um leque de mais de 2 mil criptoativos eu indicaria apenas Bitcoin, Ethereum, Solana e BinanceCoin como as mais confiáveis, mas há outras.

Criptoativos não servem para lavar dinheiro como a grande mídia acusa e nem para pagar menos impostos nos lucros, ele serve para que você não perca valor de compra por causa da inflação. Hoje quem possui R$ 1 milhão de reais compra menos itens do que se possuísse esse mesmo valor em 2015, ou então menos ainda do que se possuísse em 2005. A inflação acaba com o poder de compra e é nesse parte que os criptoativos, principalmente Bitcoin entram na jogada. Proteja seu poder de compra investindo em ouro – para os mais conservadores – e em criptoativos – para os mais arrojados.

Uma criptoeconomia é salvação contra os abusos de um Estado. Se você defender a liberdade consequentemente defende a extirpação do Estado da economia também. Você paga impostos muitas vezes abusivos e não vê o retorno, no Brasil pagamos muitos impostos por serviços de péssima qualidade, vide correios, e em alguns casos pagamos para nem termos o serviço, caso não tenha filhos ou não usufrua da educação pública você estará pagando impostos para algo que não utiliza. De todos os serviços públicos apenas segurança e saúde utilizamos apenas em emergências, mesmo que de péssimas qualidades.

NOVAS FONTES DE RENDA

Assim como a tendência diz que os serviços financeiros serão descentralizados, tudo indica que as empresas operarão de maneira semelhante.

Existe um novo conceito de empresas que operam desta forma. Eles são chamados de DAOs (Organizações Autônomas Descentralizadas) e são organizações criadas digitalmente que também funcionam apenas digitalmente. E, assim como o DeFi, todas as suas funções são automatizadas por meio de contratos inteligentes e blockchain, com apenas intervenção humana em funções que não podem ser automatizadas.

O desenvolvimento dos DAOs promete mudar a forma como os usuários interagem com a internet e até mesmo gerar receita, pois com eles todos poderão garantir seu dinheiro através das atividades realizadas online.

Essas formas ainda não convencionais de fazer renda são chamadas de:

  • Play-to-earn
  • Learn-to-earn
  • Create-to-earn
  • Invest-to-earn
  • Contribute-to-earn
  • Entre outras.

A ideia é que atividades que realizamos online no nosso dia a dia, como utilizar as redes sociais ativamente, aprender habilidades novas, e até mesmo jogar, sejam recompensadas através de pagamentos, uma vez que nossas interações online geram lucros para as empresas, nada mais justo do que recebermos um valor em troca.

É importante destacar que, isso não significa que as empresas tradicionais e trabalhos formais não irão mais existir, porém existirão formas mais democráticas, justas e acessíveis de todos garantirem uma renda extra – podendo ser possível até viver dessa renda – no final do mês.

Estamos passando por um colapso geracional e poucas pessoas percebem o que vai acontecer. A economia criptográfica é a próxima fronteira dos mercados financeiros e os jovens já sabem disso, a maioria nem olha para o mercado de ações.

Com o advento das fintechs, os mercados financeiros tornaram-se mais digitais e as barreiras foram removidas. Agora, tudo relacionado a finanças está muito relacionado a tecnologia e criptoeconomia ainda mais. Nesse ecossistema, o que costumava ser muito complicado, pouco transparente e chato; tornou-se fascinante e oportunista. Fascinados por tudo o que tem a ver com essa comunidade, os jovens se tornaram os maiores polinizadores desse movimento disruptivo que cresce exponencialmente a cada dia.

A economia criptográfica é uma revolução que começou no setor financeiro, mas está começando a se expandir para novas áreas, como entretenimento, jogos, moda, bebidas e muito mais. Quando algo aborda diferentes áreas simultaneamente, é natural que surjam novos públicos para acompanhar esse movimento. Pode-se dizer que a economia criptográfica só está crescendo, afinal, a nova geração esteve envolvida.

 

Lucas Barboza

Professor, colunista, economista, empreendedor, estudante de história, de direita, cristão, anticomunista e armamentista.

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