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Conhecendo o Universo do Autismo: Desafios e Descobertas – Parte 2

Desde 2013 O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 passou a abrigar todas as subcategorias do autismo em um único diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os indivíduos são agora diagnosticados em um único espectro com diferentes níveis de suporte.

A subdivisão do autismo em níveis de suporte indica que as pessoas dentro do Espectro têm maior ou menor necessidade de suporte, para desenvolver as mais diversas atividades do dia-a-dia, desde comunicação, interação social, até as mais básicas como higiene, alimentação, ou se vestir. Destarte, têm-se os níveis 1, 2 e 3 de suporte, que são caracterizados mais ou menos da seguinte maneira:

Nível 1: exige suporte. De modo geral, as pessoas autistas neste nível de suporte têm dificuldades para manter e seguir normas sociais, possuem comportamentos inflexíveis e passam por estresse durante as fases de transição. Em conversas, a pessoa autista neste nível pode dar respostas curtas, alheias ou não conectadas com o assunto e/ou até parar de responder. É comum a pessoa apresentar menor/pouco interesse nas interações sociais, e ter dificuldade em iniciar contatos com outras pessoas, principalmente ao tentar fazer amizades.

Nível 2: exige suporte substancial. De maneira geral, as pessoas autistas neste nível de suporte têm um comportamento social atípico, grande interesse por tópicos específicos (hiperfoco) e passam por estresse em situações de mudança. Neste nível do espectro, a pessoa autista demonstra prejuízos marcantes na conversação, com respostas curtas, dificuldades de linguagem são aparentes mesmo quando a pessoa tem algum suporte, e a sua iniciativa para interagir com os outros é limitada.

Nível 3: exige muito suporte. As pessoas autistas neste nível de suporte têm dificuldades graves no seu cotidiano e um prejuizo severo de comunicação, ausência da fala (não verbal), com uma resposta mínima a interações com outras pessoas e a iniciativa própria de conversar muito limitada. Também pode adotar comportamentos repetitivos como balançar o corpo ou girar e apresentar grande estresse ao ser solicitado a mudar de tarefa.

Como estamos tratando aqui de um Espectro, têm muitas variáveis e cada pessoa é única, tendo características em comum dentro de um sem número de características, mas sendo uma personalidade ímpar, podendo também ter ou não comprometimento na fala, na movimentação e locomoção.

Comumente o Transtorno do Espectro Autista (TEA) está acompanhado por outros transtornos e essa correlação é chamada de comorbidade.

As comorbidades relacionadas ao TEA podem ser de ordem psiquiátrica, cognitiva ou médica, sendo que a pessoa pode ter várias delas concomitantemente, algumas comorbidades mais comuns atreladas ao TEA são: a) psiquiátricas e cognitivas – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositor Desafiador (TOD), Deficiência Intelectual, ansiedade, depressão, entre outros;
b) médicas, como convulsões, distúrbios do sono, desregulação/anormalidades gastrointestinais e epilepsia…

(Continua…)

Fernando dos Santos Bezerra

Mestre Maçom da Loja Maçônica Águia Negra de Andirá, Músico, Servidor público, acadêmico.

4 thoughts on “Conhecendo o Universo do Autismo: Desafios e Descobertas – Parte 2

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