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Quem define o que é essencial ou não?

Uma pergunta recorrente desde 2020 durante a pandemia, mas afinal, quem define o que é essencial ou não?

Muitas das decisões tomadas para fechar o comercio foram, de certa forma, decididas por meio de um “comitê de cientistas”, mas definir as “atividades essenciais” animam os debates.

O dia-a-dia é composto por atividades desde aquilo mais básico que fazemos até o indispensável, é nestes termos que tudo é necessário economicamente, saúde e economia devem andar lado a lado.

Para uma sociedade funcionar o que não pode faltar? Saúde, segurança e emprego, são os três pilares para se ter uma base social. Para manter essas atividades é necessário que exista transportes (e postos de combustíveis), sistemas de dados e bancário, alimentação (cultivo, controle de pragas, industrialização e colheitas), energia.

A lista é grande demais para ser colocada neste artigo, mas já da para se ter uma noção de tudo que é essencial.

Quando o governador do Rio Grande do Sul decretou que “apenas alimentos podem ser comercializados em supermercados” faltou-lhe uma visão ampla de toda a sociedade, embora os alimentos sejam indispensáveis, há tantas outras necessidades diárias que o governador não percebeu.

As coisas quebram e precisam ser trocadas, por exemplo, toda casa necessita de lâmpadas para se enxergar durante a noite, esse item se torna essencial. Outro exemplo, para regiões mais frias do Rio Grande do Sul os chuveiros são necessários para se tomar banho quente.

Além disso, temos de lembrar que toda a cadeia econômica possui conexões, vários empreendimentos listados como “não essenciais” são integrantes da cadeia de suprimentos dos “essenciais”. Os hospitais, por exemplo, não conseguem funcionar plenamente sem que toda a cadeia de suprimento esteja minimamente funcional.

Por exemplo, se o refrigerador onde ficam as bolsas de sangue quebra, de onde virá essa peça? Além do comércio de reparação ter sido classificado como “não essencial” e consequentemente fechado, solicitar uma peça novas para a fábrica é inviável. Dependendo da peça, o hospital terá de parar o atendimento em meio a um surto.

Ou seja, para que algo seja classificado como essencial, toda a cadeia produtiva deverá ser também, visto que há uma conexão e necessidades interconectadas.

Definir o que é essencial na economia é impossível, se feito isso estará impedindo novas conexões e limitar a criações de novas redes que buscam solucionar os problemas.

Para terminar, restringir atividades econômicas impede que o mercado funcione na procura de alternativas para resolver os problemas. Em cada novo momento da pandemia que estamos vivendo, surgem novas lacunas e demandas a serem resolvidas através da criatividade empreendedora.

O essencial em uma economia é a liberdade, nenhum político ou autoridade tem moral de nos dizer qual serviço é essencial ou não. Se você depende do seu trabalho para sobreviver ele se torna essencial.

 

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Lucas Barboza

Professor, colunista, economista, empreendedor, estudante de história, de direita, cristão, anticomunista e armamentista.

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